terça-feira, 27 de abril de 2010
Período de Hibernação.
Tive um sono agitado. Acordei diversas vezes ao longo da noite, mas logo virava para o lado e pegava no sono novamente. Fiquei pulando de um sonho para o outro. Tive vários sonhos confusos, uns bons e outros, nem tão bons assim. Acordei às 6 horas e 30 minutos da manhã de hoje, com meu celular vibrando (durmo com o celular ao meu lado, em cima da cama). Não. Não era ninguém ligando e nem era mensagem chegando. Meu celular simplesmente descarregou. Acho que ele resolveu que queria hibernar comigo. Decidi levantar, tomar um banho e fazer um belo e maravilhoso café-da-manhã. Cheguei à conclusão de que não adianta pensar, desisti de entender, e agora, é inútil dormir. A dor não vai passar assim. Os problemas não vão embora no dia seguinte. O mundo não parou. Ele continua girando e eu continuo vivendo. É preciso acordar. É preciso levantar. É preciso lutar. É preciso viver. Quem sabe assim, as coisas acontecem. A vida passa. A gente muda. E o ciclo renova-se.
domingo, 25 de abril de 2010
Desisti de entender.
Deveria existir uma fórmula secreta na qual fizesse apaixonar-se instantaneamente por alguém interessante que estivesse apaixonado por você. Aproveitaríamos muito mais. Por outro lado, deveria existir uma espécie de ‘botãozinho’ que pudesse apertar, e fizesse desapaixonar-se à medida que o ser amado fosse perdendo o interesse em você. Poupar-nos-íamos de muito sofrimento.
Minha mãe me disse que “o que começa errado, tende a não dar certo.” Será que ela está certa? Não nasci para ser apenas mais uma. Quero ser única, exclusiva, absoluta. Não quero ser escondida. Quero ser motivo de orgulho. Ser exibida. Ser invejada. Não quero só momentos de intimidade. Quero aparecer, mas também quero mostrar. Quero exibir. Quero compartilhar. Quero dizer que sou a mulher mais feliz desse mundo neste momento. Ou melhor, quero que o mundo inteiro note isso em meu olhar. Eu poderia suportar uma situação confusa durante um dia, um mês, um ano. Mas até quando? Até quando der. Até quando me fizer feliz. Mas, e se não der? E se não me fizer feliz? Daí, eu paro. Mas, e se parar também não me fizer feliz? O que é que eu faço no final?
Decidi mudar. Por isso não me enrole. Não me use. Fique bem longe. Não abuse. Não me obrigue. Fique aí quieto. Não me ligue. Fique esperto.
Mas, se antes eu já era assim e fazia tudo certinho, então cadê a mudança? Quer saber?! Esquece tudo que eu falei. Usa-me. Abusa-me. Liga-me. Procura-me. Fica bem mais perto. Apóie-se em mim neste instante. Mais perto. Cada vez mais perto. Não me esquece nunca. Não me deixa. Preciso de ti. Não estou pronta para desistir de você. Não agora. Quem sabe um dia. Vou parar de pensar. Já chega de escrever. Vou VIVER... Amanhã eu tento entender.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Guarde para os dias de chuva...
A ausência do calor daquele corpo fica mais forte e mais triste diante do frio e da solidão em que me encontro agora. Tento escutar o silêncio, ma só ouço o meu coração. Que bate apertado, urgente, acelerado, na angustia de querer aquela presença, mesmo sem querer. Bate mais forte, inversamente proporcional as forças da minha minha alma, pois já estou cansada de sofrer. Absorvida por esse paradoxo de emoções, me revolto, me xingo, me bato. Desejo ardentemente que essa chuva vá embora de vez. Em seguida, fico imaginando se ele também estaria sentindo frio. No quanto eu gostaria de estar lá para poder aquecê-lo. Mas será que já tem alguém fazendo isso por mim? Quem estará ao seu lado nesse momento? E mesmo que não esteja sozinho, será que ele ainda pensa em mim? Será que aqueles olhos desejam outros olhos assim como um dia desejaram os meus? Ou será que ele ainda não conseguiu esquecer a imagem do meu sorriso? Faça-me a gentileza de devolver os meus fãs (seus olhos), por favor?!
Vou dormir cedo. É inútil, pois essa dor não passa. Pior ainda. Sonho com ele e acordo no meio da noite para escrever sentimentalismos. Será que são sonhos ou pesadelos, diante da impotência de não poder transportá-los para a minha realidade?!
Levanto-me decidida a jogar fora tudo o que me fizesse lembrar-se dele. Mas de que adiantaria?! Eu até poderia conseguir jogar fora todos os presentes que ele me deu, mas como eu iria conseguir me livrar da rua em que ando? Do teto em que durmo? Da música que ouço? Das roupas que visto? Das críticas que escuto? Das perguntas que me fazem? Das lágrimas que choro? Da esperança que tenho? Do caminho que venho? Do sorriso que surge em meus lábios todas as vezes que me lembro de tudo de bom que fizemos juntos?
Quanto tempo eu conseguiria ficar sem olhar para as fotos, as rosas, o sol, o céu, as estrelas, a LUA (que ELE me prometeu um dia)?
Como eu iria recuperar a minha paz que ele levou e me livrar da saudade que ficou, da incerteza que ele deixou e da prisão (voluntária) em que me colocou?
Pode ser que eu consiga esquecer todas essas coisas, mas primeiro, precisarei esquecer a mim também.
Não. Melhor não jogar nada fora. Vou guardar para os dias de chuva as recordações do que ficou para trás. Vou guardar para os dias de chuva. Talvez um dia possamos nos lembrar, e quem sabe até descobrir, a falta que isso tudo ainda nos faz.
Auto-estima
Use esse tempo em que você está solteira para, quem sabe, tirar umas férias. Pensar em todas as qualidades positivas que você quer e poderá encontrar no novo homem que irá conhecer. Principalmente, as qualidades que o seu “ex” não tinha.
Cuide da sua aparência. Mude o visual ou simplesmente mantenha o seu “look" em dia. Você precisará estar bem consigo mesma para que outras pessoas também possam te admirar. Pense em todas as maravilhosas qualidades que você possui, mas que ELE nunca soube admirar direito. Como ele foi idiota por isso. Quantos ainda irão cobiçar o lugar dele (se já não tiverem cobiçando e apenas esperando a hora certa de chegar). E você (com certeza) irá deixar entrar.
Lembre-se de todas as coisas que você deixou de fazer por causa desse relacionamento. Os lugares que gostaria de ter ido, as coisas que queria ter feito... e ele não estava a fim. Aproveite a sua liberdade.
A partir de agora, dê mais valor as suas amigas e amigos. Passe mais tempo com eles. Faça novos amigos, sozinha, ou através de seus próprios amigos.
Se você puder, compre um presente bem caro, bem bonito e se presenteei. Acredite, você merece.
Sei que tudo isso não fará milagres e nem irá te fazer esquecê-lo da noite para o dia. Mas se conseguir levantar a sua auto-estima e te fizer sentir-se nem que seja só um pouquinho melhor, agarre-se a isso com ‘unhas e dentes’, pois já será um excelente começo. Posso até dizer mais... será o seu RECOMEÇO.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Dia de Tiradentes
Romance Sobrenatural
Não bastava eu ter passado pela vida dele e ele não ter percebido. Em seguida, ELE passou pela minha vida, mas eu não o enxerguei. Entretanto, somos insistentes e fomos pontuais no encontro em que o destino nos reservou. E mesmo assim, nem nos notamos. O amigo dele, possivelmente de olho em mim. Ele por sua vez, de olho nas prováveis amigas que eu pudesse vir apresentá-lo, começamos a conversar e à medida que ele foi me conhecendo, foi se encantando. Eu o conquistei sem a intenção de conquistá-lo. Ele me conquistou, sem que eu quisesse me apaixonar. Desde o dia em que ficamos juntos pela primeira vez, já éramos namorados. Como assim?! Tratávamos-nos como namorados, saiamos quase todos os dias, como namorados, fazíamos planos, como se fossemos namorados. Mas não éramos namorados de verdade. Ou éramos?! Que estranho! Pra que essa história de oficializar e colocar NAMORANDO no Orkut então?! Pronto, estragou tudo. Se estávamos bem ‘enamorados’, não precisávamos apressar as coisas. Lembrem-me de nunca mais colocar namorando no Orkut, antes de completarmos 10 anos de namoro, por favor!
O que nos aconteceu foi algo tão de repente, mágico, forte, bonito, especial, nos apaixonamos instantaneamente. Não precisava ter estragado tão rápido. Se isso foi o destino nos ‘pregando uma peça’, eu espero que ele tenha se divertido, porque eu não achei nada engraçado! Mas, tudo que o vento traz, ele cruelmente leva. O encanto foi passando. A projeção foi se apagando. Ele foi deixando de me tratar como ‘princesa’. As coisas foram se acumulando. Fomos sentindo falta de um lugar para nos escondermos. E de repente, acabou. Os dois perceberam, mas ninguém disse nada. A quem estávamos querendo enganar? Ambos com medo de sofrer separados, mas já estávamos sofrendo juntos. Acabou, e os dois ainda insistindo nessa relação. Metade de cada um querendo jogar tudo para o alto. E a outra metade querendo insistir mais um pouco. Porque afinal de contas, gostamos de verdade um do outro e vivemos juntos a doce ilusão de sermos novamente felizes no amor. Mas não dá não é?! Quando falta algo, não tem como insistir. Como dizem por aí, “quando um não quer, dois não brigam.” Foi responsabilidade minha permanecer nessa teimosia. Tivesse sido um pouquinho mais realista, já estaria longe, muito longe dessa tristeza feito ferida que não quer sarar. Estava correndo o risco de sentir pena de mim mesma.
Teria sido bem mais fácil nos despedirmos em silêncio. Eu até tentei, ele insistiu. Ele tentou, e eu insisti. Então decidimos conversar. E tivemos uma longa conversa para concluir o que já havia sido concluído. Só faltava essa bendita (ou maldita) história de oficializar e tirar o NAMORANDO do Orkut. Novamente essa idiotice de Orkut, que só veio para complicar as nossas vidas. Pior que isso, serão apenas as perguntas dos amigos. Ué, mas já acabou?! Por quê?! O que houve?! Se eu quisesse realmente falar, eu os procuraria para contar, não acham?!
Mas essa última conversa, (não que tenha sido exatamente a última, porque um dia/talvez/quem sabe, ainda seremos amigos), foi muito boa. Super difícil, confesso. Pois quando não se tem raiva, não se acaba em meio a uma briga ou não se guarda mágoas de alguém (não costumo guardar magoas nem de quem merecia), fica mais difícil de ir embora.
Mas eu irei me permitir guardar uma leve tristeza (nem tão leve agora) e algumas boas lembranças. Também não me será proibido confessar que às vezes (ou quase sempre) tenho saudade(muita). Nem será odioso dizer que essa separação nos trouxe um inexplicável alívio ou sossego, talvez. E um indefinível remorso, e um recôndito despeito.
Houveram momentos perfeitos que passaram, mas eu não deixarei que se percam, pois ficarão guardados para sempre em minha vida, minha mente e em meu coração. Essas lembranças seguramente irão aumentar a minha solidão, mas também irão deixá-la um pouco menos infeliz, diante do muito que me fizeram bem um dia.
Podemos não saber ao certo o motivo pelo qual nos apaixonamos por uma pessoa. Nem ao menos quando essa paixão começa, mas com toda certeza, nunca se esquece quando ela termina. Principalmente se não estávamos preparados para a despedida. Eu não estava e posso até jurar que ele também não. Mas se vai ser melhor assim (não sei pra quem), então que seja.
Agora me explica o que eu devo fazer para esquecer os beijos, os abraços, o jeito dele me olhar, som daquele sorriso, os cuidados que ele tinha comigo, os carinhos? O que é que eu faço com esse vazio que ficou no meu peito? Quem é que vai me abraçar quando eu sentir frio? Quem vai cuidar de mim? Quem vai virar a noite no telefone comigo conversando bobagens? Quem vai me fazer uma porção de elogios e me fazer sentir-se especial? Quem vai dizer que a minha companhia é muito agradável?
Só de lembrar que ele estava comigo, já me fazia bem. E agora, só de lembrar que não estou mais com ele, me sinto muito mal.
Confesso que serei capaz de guardar num cantinho aqui dentro do meu peito esse sentimento especial que sinto por ele (que eu nem ouso nomeá-lo) e com ele talvez leve junto a esperança de um dia nossos caminhos se cruzarem novamente, mesmo sem acreditar muito nisso. Mas os nossos corações nos pregam tantas peças que eu nem me atrevo a duvidar. Enquanto a vida vai passando, e simplesmente me arrastando, eu vou continuar aqui esperando pelas ‘páginas do próximo capitulo’, ou seriam as ‘cenas do próximo livro’? Existe mundo mais confuso do que o meu?
terça-feira, 20 de abril de 2010
Desabafos de uma Psiquê mal amada...
Por que será que tudo em minha vida é mais difícil? Ontem eu tomei a vacina contra a gripe H1N1 e hoje o meu braço ainda está doendo. Acho que ele resolveu competir com o meu coração para saber quem dói mais. No momento, meu coração está ganhando, mas como as reações a essa vacina podem surgir em até 48 horas, ele ainda tem até amanhã para tentar vencer essa disputa. Entretanto, eu não creio que consiga, pois a dor que trago em meu peito, sangra todos os dias. Por que será que isso sempre acontece comigo? Por que será que eu tenho alegrias tão passageiras, e em seguida, um intenso período de dor? Eu poderia, simplesmente, nunca ter cruzado o caminho dele. ELE poderia não ter passado por mim novamente. Eu poderia não ter qualidades suficientes para chamar sua atenção. Ele poderia não ter tentando me conquistar. Eu poderia não ter permitido ser conquistada. Ele não precisava ter cuidado tão bem de mim. Eu poderia não ter me envolvido tanto. Ele não precisava ter me oferecido a lua. Eu poderia ter continuado sem acreditar