terça-feira, 27 de abril de 2010

Período de Hibernação.

Ontem, logo após o almoço e de ter tomado um delicioso sorvete, resolvi deitar-me para assistir televisão. Não que estivesse passando alguma coisa interessante, era simplesmente para ‘matar’ o tempo. Entretanto, o sono bateu. Decidi então desligar a televisão e tirar um cochilo. Quando me recordo de ter olhado meu relógio pela última vez, eram aproximadamente às 15 horas. Acordei quase às 19 horas. Estava tudo escuro, com minha mãe chamando-me para jantar, e eu atordoada, sem noção de tempo e espaço. Levantei, mudei de roupa e fechei as cortinas do meu quarto. Disse a minha mãe que não queria jantar e capotei novamente na cama.
Tive um sono agitado. Acordei diversas vezes ao longo da noite, mas logo virava para o lado e pegava no sono novamente. Fiquei pulando de um sonho para o outro. Tive vários sonhos confusos, uns bons e outros, nem tão bons assim. Acordei às 6 horas e 30 minutos da manhã de hoje, com meu celular vibrando (durmo com o celular ao meu lado, em cima da cama). Não. Não era ninguém ligando e nem era mensagem chegando. Meu celular simplesmente descarregou. Acho que ele resolveu que queria hibernar comigo. Decidi levantar, tomar um banho e fazer um belo e maravilhoso café-da-manhã. Cheguei à conclusão de que não adianta pensar, desisti de entender, e agora, é inútil dormir. A dor não vai passar assim. Os problemas não vão embora no dia seguinte. O mundo não parou. Ele continua girando e eu continuo vivendo. É preciso acordar. É preciso levantar. É preciso lutar. É preciso viver. Quem sabe assim, as coisas acontecem. A vida passa. A gente muda. E o ciclo renova-se.

domingo, 25 de abril de 2010

Desisti de entender.

Estou confusa. Sinto-me estranha. Meu coração não é mais o mesmo de ontem. O que será que está acontecendo comigo? Não estou triste, mas também não estou feliz. Será que estou apaixonada? Ou será que o estou esquecendo? Por que será que o deixo entrar assim em minha vida? Tenho que aprender a dizer não, mesmo que todos os meus sentidos teimem em dizer o contrário. Isso me fascina, mas cadê o encanto? Será que estou sendo enganada? Enganando-me? Deixando-me enganar ou querendo ser enganada? Isso dará certo ou não tem futuro? Quem sabe é a maturidade chegando. É moderno envolver-se sem colocar o coração ou é só ilusão? Vou parar para pensar sobre tudo isso. Vou tentar entender a nossa história. Parei de tentar. Desisti de entender. Não sei se o melhor é trazê-lo para a minha realidade ou expulsá-lo de vez da minha vida. Meu maior medo é não chegar a nenhuma conclusão. Sinto falta dos abraços. Tenho ânsia pelos beijos. Sinto frio com a ausência do calor daquele corpo.
Deveria existir uma fórmula secreta na qual fizesse apaixonar-se instantaneamente por alguém interessante que estivesse apaixonado por você. Aproveitaríamos muito mais. Por outro lado, deveria existir uma espécie de ‘botãozinho’ que pudesse apertar, e fizesse desapaixonar-se à medida que o ser amado fosse perdendo o interesse em você. Poupar-nos-íamos de muito sofrimento.
Minha mãe me disse que “o que começa errado, tende a não dar certo.” Será que ela está certa? Não nasci para ser apenas mais uma. Quero ser única, exclusiva, absoluta. Não quero ser escondida. Quero ser motivo de orgulho. Ser exibida. Ser invejada. Não quero só momentos de intimidade. Quero aparecer, mas também quero mostrar. Quero exibir. Quero compartilhar. Quero dizer que sou a mulher mais feliz desse mundo neste momento. Ou melhor, quero que o mundo inteiro note isso em meu olhar. Eu poderia suportar uma situação confusa durante um dia, um mês, um ano. Mas até quando? Até quando der. Até quando me fizer feliz. Mas, e se não der? E se não me fizer feliz? Daí, eu paro. Mas, e se parar também não me fizer feliz? O que é que eu faço no final?
Decidi mudar. Por isso não me enrole. Não me use. Fique bem longe. Não abuse. Não me obrigue. Fique aí quieto. Não me ligue. Fique esperto.
Mas, se antes eu já era assim e fazia tudo certinho, então cadê a mudança? Quer saber?! Esquece tudo que eu falei. Usa-me. Abusa-me. Liga-me. Procura-me. Fica bem mais perto. Apóie-se em mim neste instante. Mais perto. Cada vez mais perto. Não me esquece nunca. Não me deixa. Preciso de ti. Não estou pronta para desistir de você. Não agora. Quem sabe um dia. Vou parar de pensar. Já chega de escrever. Vou VIVER... Amanhã eu tento entender.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Guarde para os dias de chuva...

Chove lá fora. Aqui dentro, meu peito ainda queima feito brasa que parece não querer apagar, lembrando de um abraço que ficou perdido no passado que insiste em não passar.
A ausência do calor daquele corpo fica mais forte e mais triste diante do frio e da solidão em que me encontro agora. Tento escutar o silêncio, ma só ouço o meu coração. Que bate apertado, urgente, acelerado, na angustia de querer aquela presença, mesmo sem querer. Bate mais forte, inversamente proporcional as forças da minha minha alma, pois já estou cansada de sofrer. Absorvida por esse paradoxo de emoções, me revolto, me xingo, me bato. Desejo ardentemente que essa chuva vá embora de vez. Em seguida, fico imaginando se ele também estaria sentindo frio. No quanto eu gostaria de estar lá para poder aquecê-lo. Mas será que já tem alguém fazendo isso por mim? Quem estará ao seu lado nesse momento? E mesmo que não esteja sozinho, será que ele ainda pensa em mim? Será que aqueles olhos desejam outros olhos assim como um dia desejaram os meus? Ou será que ele ainda não conseguiu esquecer a imagem do meu sorriso? Faça-me a gentileza de devolver os meus fãs (seus olhos), por favor?!
Vou dormir cedo. É inútil, pois essa dor não passa. Pior ainda. Sonho com ele e acordo no meio da noite para escrever sentimentalismos. Será que são sonhos ou pesadelos, diante da impotência de não poder transportá-los para a minha realidade?!
Levanto-me decidida a jogar fora tudo o que me fizesse lembrar-se dele. Mas de que adiantaria?! Eu até poderia conseguir jogar fora todos os presentes que ele me deu, mas como eu iria conseguir me livrar da rua em que ando? Do teto em que durmo? Da música que ouço? Das roupas que visto? Das críticas que escuto? Das perguntas que me fazem? Das lágrimas que choro? Da esperança que tenho? Do caminho que venho? Do sorriso que surge em meus lábios todas as vezes que me lembro de tudo de bom que fizemos juntos?
Quanto tempo eu conseguiria ficar sem olhar para as fotos, as rosas, o sol, o céu, as estrelas, a LUA (que ELE me prometeu um dia)?
Como eu iria recuperar a minha paz que ele levou e me livrar da saudade que ficou, da incerteza que ele deixou e da prisão (voluntária) em que me colocou?
Pode ser que eu consiga esquecer todas essas coisas, mas primeiro, precisarei esquecer a mim também.
Não. Melhor não jogar nada fora. Vou guardar para os dias de chuva as recordações do que ficou para trás. Vou guardar para os dias de chuva. Talvez um dia possamos nos lembrar, e quem sabe até descobrir, a falta que isso tudo ainda nos faz.

Auto-estima

Hoje não terá um texto longo. Já pensei em vários temas, mas estou totalmente sem inspiração. Não tenho histórias para contar. Na verdade, acho que estou ficando mesmo é sem coração. Já citei que cada pessoa que chega e vai embora da minha vida sai levando um pedacinho dele? Acho que isso não está me fazendo bem. Tenho que guardar um pedaço desse coração para mim. Afinal, eu também me amo. Aliás, eu tenho que amar primeiramente a mim. Porque sou adepta daquela fórmula de que: “para você ensinar, você precisa saber fazer”. Para ensinar alguém a me amar, eu tenho que saber me amar. Isso pode soar meio egoísta, egocêntrico, mas não é. Já que você não tem mais ELE para cuidar de você. E também não tem mais que cuidar dele. Experimente, a partir deste momento, cuidar de você mesma. Essa será a sua principal e primordial responsabilidade agora.
Use esse tempo em que você está solteira para, quem sabe, tirar umas férias. Pensar em todas as qualidades positivas que você quer e poderá encontrar no novo homem que irá conhecer. Principalmente, as qualidades que o seu “ex” não tinha.
Cuide da sua aparência. Mude o visual ou simplesmente mantenha o seu “look" em dia. Você precisará estar bem consigo mesma para que outras pessoas também possam te admirar. Pense em todas as maravilhosas qualidades que você possui, mas que ELE nunca soube admirar direito. Como ele foi idiota por isso. Quantos ainda irão cobiçar o lugar dele (se já não tiverem cobiçando e apenas esperando a hora certa de chegar). E você (com certeza) irá deixar entrar.
Lembre-se de todas as coisas que você deixou de fazer por causa desse relacionamento. Os lugares que gostaria de ter ido, as coisas que queria ter feito... e ele não estava a fim. Aproveite a sua liberdade.
A partir de agora, dê mais valor as suas amigas e amigos. Passe mais tempo com eles. Faça novos amigos, sozinha, ou através de seus próprios amigos.
Se você puder, compre um presente bem caro, bem bonito e se presenteei. Acredite, você merece.
Sei que tudo isso não fará milagres e nem irá te fazer esquecê-lo da noite para o dia. Mas se conseguir levantar a sua auto-estima e te fizer sentir-se nem que seja só um pouquinho melhor, agarre-se a isso com ‘unhas e dentes’, pois já será um excelente começo. Posso até dizer mais... será o seu RECOMEÇO.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dia de Tiradentes

Dia 21 de abril. Feriado. Esse mesmo dia há alguns anos, transformou-se em um dos dias mais importantes da minha vida. Entretanto hoje, ele já não me representa nada. Se no sábado de Aleluia podemos comemorar queimando o Judas, será que hoje eu posso comemorar o dia de Tiradentes me enforcando? Meu dia foi simplesmente péssimo. Já não bastava ser o dia seguinte ‘do fim’. A linha do meu telefone ainda está com problemas e fiquei sem internet justamente no feriado. Logo quando eu poderia passar o dia inteiro afogando minha tristeza no computador. Estou completamente ‘ilhada’, sem internet, sem telefone, sem ninguém para conversar. Eu até poderia usar o celular, mas ligar pra quem? Quem é que iria querer passar à noite inteira me ouvindo choramingar mais um dos términos de meus namoros. Se nem eu agüento mais, imagina os meus amigos! Chega. Prometo não começar mais nenhum relacionamento sério com ninguém pelos próximos dois anos. Só para não ter mais que terminar. Não agüento mais esse ciclo vicioso. Conhecer alguém, paquerar, ficar, namorar, ser momentaneamente feliz, brigar, desiludir-se, terminar, sofrer, chorar, esquecer, conhecer um novo alguém. Não necessariamente nessa ordem, mas é mais ou menos assim que as coisas acontecem. Estou cansada de começar e terminar. Quero continuar. Queria continuar agora. Mas encarando os fatos tão honestamente quanto me é possível, sei que não posso continuar, não importa o quanto assim eu deseje, não posso me inclinar ainda mais. Suponho que poderia estar justificada em sentir-me humilhada por todos os meus esforços para que essa relação desse certo. Em vez disso, sinto-me orgulhosa de mim mesma e contente por ter reconhecido a rara e maravilhosa oportunidade que desfrutamos enquanto a tivemos. Dei tudo de mim, no sentido mais puro e sincero, a fim de preservá-la. Isso é o que me conforta agora. Nesse momento horrível do final, posso sinceramente dizer que não conheço nada diferente que eu poderia ter feito para nos levar ao lindo futuro que poderíamos ter tido juntos. Gostar de alguém é algo que só depende de nós mesmos, mas ser gostado é outra coisa bem diferente. Não podemos pedir que alguém goste de nós, nem pressupor que já fizemos tudo para ser querido e fim da questão. No lugar de ficar remoendo os fatos do passado, procurando desculpas para escolhas mal feitas ou explicações para erros que poderiam ter sido evitados, prefiro guardar comigo as passagens coloridas de um passado especial. Apesar do sofrimento em que me encontro agora, estou feliz por tê-lo conhecido desta maneira tão mágica, tão cheia de feitiço, tão cheia de encanto. Nesse momento, encontro-me na companhia pesada da ausência dele e mesmo assim, não fujo, não temo, não choro, apenas guardo uma sutil ilusão de esperança num sonho proibido, de sonhar com um encontro marcado, sem hora certa, na conveniência do acaso, onde tudo acontece como deve acontecer.

Romance Sobrenatural

Alguém aí deve estar se perguntando o que seria um Romance Sobrenatural?! Eu posso dizer que não só descobri o que era, como também tive a “sorte” de vivenciá-lo. Já não bastava em janeiro ter vivido um ‘amor de verão’, eu precisava viver agora ‘algo sobrenatural’. Devo ser meio masoquista, mas tudo bem, vamos as definições. Quando o meu ‘Romance Sobrenatural’ começou, ele já havia começado e acabou, mas já havia terminado. Que loucura não é?! Foi só uma questão de oficializar tudo. E talvez esse lance de oficializar tenha sido o maior problema.
Não bastava eu ter passado pela vida dele e ele não ter percebido. Em seguida, ELE passou pela minha vida, mas eu não o enxerguei. Entretanto, somos insistentes e fomos pontuais no encontro em que o destino nos reservou. E mesmo assim, nem nos notamos. O amigo dele, possivelmente de olho em mim. Ele por sua vez, de olho nas prováveis amigas que eu pudesse vir apresentá-lo, começamos a conversar e à medida que ele foi me conhecendo, foi se encantando. Eu o conquistei sem a intenção de conquistá-lo. Ele me conquistou, sem que eu quisesse me apaixonar. Desde o dia em que ficamos juntos pela primeira vez, já éramos namorados. Como assim?! Tratávamos-nos como namorados, saiamos quase todos os dias, como namorados, fazíamos planos, como se fossemos namorados. Mas não éramos namorados de verdade. Ou éramos?! Que estranho! Pra que essa história de oficializar e colocar NAMORANDO no Orkut então?! Pronto, estragou tudo. Se estávamos bem ‘enamorados’, não precisávamos apressar as coisas. Lembrem-me de nunca mais colocar namorando no Orkut, antes de completarmos 10 anos de namoro, por favor!
O que nos aconteceu foi algo tão de repente, mágico, forte, bonito, especial, nos apaixonamos instantaneamente. Não precisava ter estragado tão rápido. Se isso foi o destino nos ‘pregando uma peça’, eu espero que ele tenha se divertido, porque eu não achei nada engraçado! Mas, tudo que o vento traz, ele cruelmente leva. O encanto foi passando. A projeção foi se apagando. Ele foi deixando de me tratar como ‘princesa’. As coisas foram se acumulando. Fomos sentindo falta de um lugar para nos escondermos. E de repente, acabou. Os dois perceberam, mas ninguém disse nada. A quem estávamos querendo enganar? Ambos com medo de sofrer separados, mas já estávamos sofrendo juntos. Acabou, e os dois ainda insistindo nessa relação. Metade de cada um querendo jogar tudo para o alto. E a outra metade querendo insistir mais um pouco. Porque afinal de contas, gostamos de verdade um do outro e vivemos juntos a doce ilusão de sermos novamente felizes no amor. Mas não dá não é?! Quando falta algo, não tem como insistir. Como dizem por aí, “quando um não quer, dois não brigam.” Foi responsabilidade minha permanecer nessa teimosia. Tivesse sido um pouquinho mais realista, já estaria longe, muito longe dessa tristeza feito ferida que não quer sarar. Estava correndo o risco de sentir pena de mim mesma.
Teria sido bem mais fácil nos despedirmos em silêncio. Eu até tentei, ele insistiu. Ele tentou, e eu insisti. Então decidimos conversar. E tivemos uma longa conversa para concluir o que já havia sido concluído. Só faltava essa bendita (ou maldita) história de oficializar e tirar o NAMORANDO do Orkut. Novamente essa idiotice de Orkut, que só veio para complicar as nossas vidas. Pior que isso, serão apenas as perguntas dos amigos. Ué, mas já acabou?! Por quê?! O que houve?! Se eu quisesse realmente falar, eu os procuraria para contar, não acham?!
Mas essa última conversa, (não que tenha sido exatamente a última, porque um dia/talvez/quem sabe, ainda seremos amigos), foi muito boa. Super difícil, confesso. Pois quando não se tem raiva, não se acaba em meio a uma briga ou não se guarda mágoas de alguém (não costumo guardar magoas nem de quem merecia), fica mais difícil de ir embora.
Mas eu irei me permitir guardar uma leve tristeza (nem tão leve agora) e algumas boas lembranças. Também não me será proibido confessar que às vezes (ou quase sempre) tenho saudade(muita). Nem será odioso dizer que essa separação nos trouxe um inexplicável alívio ou sossego, talvez. E um indefinível remorso, e um recôndito despeito.
Houveram momentos perfeitos que passaram, mas eu não deixarei que se percam, pois ficarão guardados para sempre em minha vida, minha mente e em meu coração. Essas lembranças seguramente irão aumentar a minha solidão, mas também irão deixá-la um pouco menos infeliz, diante do muito que me fizeram bem um dia.
Podemos não saber ao certo o motivo pelo qual nos apaixonamos por uma pessoa. Nem ao menos quando essa paixão começa, mas com toda certeza, nunca se esquece quando ela termina. Principalmente se não estávamos preparados para a despedida. Eu não estava e posso até jurar que ele também não. Mas se vai ser melhor assim (não sei pra quem), então que seja.
Agora me explica o que eu devo fazer para esquecer os beijos, os abraços, o jeito dele me olhar, som daquele sorriso, os cuidados que ele tinha comigo, os carinhos? O que é que eu faço com esse vazio que ficou no meu peito? Quem é que vai me abraçar quando eu sentir frio? Quem vai cuidar de mim? Quem vai virar a noite no telefone comigo conversando bobagens? Quem vai me fazer uma porção de elogios e me fazer sentir-se especial? Quem vai dizer que a minha companhia é muito agradável?
Só de lembrar que ele estava comigo, já me fazia bem. E agora, só de lembrar que não estou mais com ele, me sinto muito mal.
Confesso que serei capaz de guardar num cantinho aqui dentro do meu peito esse sentimento especial que sinto por ele (que eu nem ouso nomeá-lo) e com ele talvez leve junto a esperança de um dia nossos caminhos se cruzarem novamente, mesmo sem acreditar muito nisso. Mas os nossos corações nos pregam tantas peças que eu nem me atrevo a duvidar. Enquanto a vida vai passando, e simplesmente me arrastando, eu vou continuar aqui esperando pelas ‘páginas do próximo capitulo’, ou seriam as ‘cenas do próximo livro’? Existe mundo mais confuso do que o meu?

terça-feira, 20 de abril de 2010

Desabafos de uma Psiquê mal amada...

Por que será que tudo em minha vida é mais difícil? Ontem eu tomei a vacina contra a gripe H1N1 e hoje o meu braço ainda está doendo. Acho que ele resolveu competir com o meu coração para saber quem dói mais. No momento, meu coração está ganhando, mas como as reações a essa vacina podem surgir em até 48 horas, ele ainda tem até amanhã para tentar vencer essa disputa. Entretanto, eu não creio que consiga, pois a dor que trago em meu peito, sangra todos os dias. Por que será que isso sempre acontece comigo? Por que será que eu tenho alegrias tão passageiras, e em seguida, um intenso período de dor? Eu poderia, simplesmente, nunca ter cruzado o caminho dele. ELE poderia não ter passado por mim novamente. Eu poderia não ter qualidades suficientes para chamar sua atenção. Ele poderia não ter tentando me conquistar. Eu poderia não ter permitido ser conquistada. Ele não precisava ter cuidado tão bem de mim. Eu poderia não ter me envolvido tanto. Ele não precisava ter me oferecido a lua. Eu poderia ter continuado sem acreditar em destino. Nós não precisávamos ter sido momentaneamente tão felizes. Ele poderia não ter se dasapaixonado tão rápido. E assim, eu poderia não estar sofrendo tanto como estou agora. Tudo poderia ter sido tão diferente. Tanta coisa poderia ter sido evitada. E não foi por falta de conselhos. Mas nós não costumamos escutar conselhos, não é mesmo?! Eu pelo menos, só aprendo 'quebrando a cara'! Mas eu sei que a culpa não foi minha, não foi dele e sendo assim, também não foi nossa. Ou talvez tenha sido, não sei. Quem sabe se não tivéssemos feito tudo tão depressa. A paixão chegou de repente, mas não precisava ter ido embora tão de repente quanto chegou. E essa história de ' não ficar triste porque terminou, e sim, ficar feliz por ter acontecido' não cola mais comigo. Não quero mais relacionamentos efêmeros, quero algo duradouro. Não quero me transformar em mais uma a ser lembrada, quero ser a única a não ser esquecida. Quero viver o meu conto de fadas. Quero ser 'a princesa' eternamente. Quero ser o 'pra sempre' de alguém. Estou cansada de ser taxada como, 'o sonho de todo rapaz', 'a namorada ideal', 'a moça certa para casar'. E sempre ser deixada sozinha. Estou cansada de ouvir que mereço uma pessoa melhor. Eu sei que deve existir uma pessoa melhor. Mas eu não quero essa 'pessoa melhor', eu quero ELE. Foi ELE que eu escolhi, ora bolas! Estou cansada de ouvir as pessoas perguntarem por que uma garota com tantas qualidades ainda está solteira?! Poxa, já não basta eu mesma me fazer essa pergunta todos os dias?! O que será que há de errado comigo? Eu até encontro as pessoas certas, mas parece que elas não estavam me procurando. Eu sempre sou apenas um atalho, um desvio, uma ponte, na vida dessas pessoas. Eles simplesmente chegam, ficam por um tempo, que pode variar entre, 3 meses, 5 anos e meio, 10 dias, 1 mês, tanto faz, o importante é que eles sempre acabam indo embora e levando um pedacinho do meu coração. Desse jeito, não vai sobrar mais nada dentro do meu peito. Será que sou eu que sempre faço tudo errado, ou será que essa droga de 'happy ending' não existe mais?!

Pronto, já tomei um paracetemol e aliviei a minha dor no braço. Agora, alguém aí tem algum remédio para aliviar a dor do meu coração?!